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10/05/2015

10 de maio - Dia Mundial da Luta contra o Lúpus


Lúpus é uma doença crônica, onde o sistema imunológico produz um processo inflamatório contra os órgãos da própria pessoa. Esse processo inflamatório deve ser tratado e controlado, ou irá gerar danos irreversíveis, inclusive com risco à vida.
O Lúpus tem maior incidência entre a segunda e terceira décadas da vida, principalmente em mulheres — embora crianças, homens e idosos também possam desenvolver essa doença. Seus sintomas causam impacto na vida produtiva, profissional e familiar. Pode ter várias apresentações clínicas: pacientes com o mesmo diagnóstico apresentam quadros clínicos bem variados. Também tende a ser mais agressivo em hispânicos e afrodescendentes.
Em regra, o indivíduo com lúpus necessita de vários medicamentos para controle, mantendo o processo inflamatório “frio” e a doença fora de atividade. Esses medicamentos exigem uma indicação precisa para cada situação e a supervisão de um médico Reumatologista para monitorar seus efeitos e prevenir possíveis efeitos colaterais.
De doença fatal nos anos 60, o Lúpus passou a ter tratamento, e as pessoas passaram a viver cada vez mais normalmente. Prevenindo o dano renal e no sistema nervoso, o indivíduo passou a ter de controlar outras doenças associadas, como a hipertensão arterial, o controle de colesterol, diabetes, riscos de infarto do miocárdio e infarto cerebral (conhecido como AVC), além da prevenção da osteoporose, decorrente do uso de corticoides.
Outros problemas que devem ser monitorados nos indivíduos com Lúpus são as infecções. É muito importante preveni-las por meio de vacinas, assim como identificar os sintomas infecciosos e tratá-los precocemente — embora haja melhora com os medicamentos, a imunidade é menor no paciente lúpico.
Viver com Lúpus é ter controle, responsabilidade com a doença, sem deixar que isso limite a vida da pessoa.
Sabe-se cada vez mais sobre os mecanismos da doença e diversos medicamentos têm sido incorporados ao arsenal de tratamento — como os biológicos. Novas drogas encontram-se em estudo, com perspectiva de, no futuro, ajudarem no tratamento. Tudo isto torna o cenário da pessoa com Lúpus cada vez mais otimista. Mas ainda existem vários desafios, como o maior esclarecimento sobre a patologia no meio médico — muitas vezes, a primeira abordagem não é feita pelo Reumatologista. Também o acesso a centros de tratamento (ambulatórios ou centros universitários), ainda necessita de melhorias, e muitos medicamentos ainda estão limitados na oferta pela rede pública, como a hidroxicloroquina e o mofetil micofenolato.

Vive melhor, toma menos medicamentos e tem menos problemas com o Lúpus quem melhor se trata e se cuida, sendo o Reumatologista o melhor profissional para efetuar a orientação correta. 

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