Lúpus
é uma doença crônica, onde o sistema imunológico produz um
processo inflamatório contra os órgãos da própria pessoa. Esse
processo inflamatório deve ser tratado e controlado, ou irá gerar
danos irreversíveis, inclusive com risco à vida.
O
Lúpus tem maior incidência entre a segunda e terceira décadas da
vida, principalmente em mulheres — embora crianças, homens e
idosos também possam desenvolver essa doença. Seus sintomas causam
impacto na vida produtiva, profissional e familiar. Pode ter várias
apresentações clínicas: pacientes com o mesmo diagnóstico
apresentam quadros clínicos bem variados. Também tende
a ser mais agressivo em
hispânicos e afrodescendentes.
Em
regra, o indivíduo com lúpus necessita de vários medicamentos para
controle, mantendo o processo inflamatório “frio” e a doença
fora de atividade. Esses medicamentos exigem uma indicação precisa
para cada situação e a supervisão de um médico Reumatologista
para monitorar seus efeitos e prevenir possíveis efeitos colaterais.
De
doença fatal nos anos 60, o Lúpus passou a ter tratamento, e as
pessoas passaram a viver cada vez mais normalmente. Prevenindo o dano
renal e no sistema nervoso, o indivíduo passou a ter de controlar
outras doenças associadas, como a hipertensão arterial, o controle
de colesterol, diabetes, riscos de infarto do miocárdio e infarto
cerebral (conhecido como AVC), além da prevenção da osteoporose,
decorrente do uso de corticoides.
Outros
problemas que devem ser monitorados nos indivíduos com Lúpus são
as infecções. É muito importante preveni-las por meio de vacinas,
assim como identificar os sintomas infecciosos e tratá-los
precocemente — embora haja melhora com os medicamentos, a imunidade
é menor no paciente lúpico.
Viver
com Lúpus é ter controle, responsabilidade com a doença, sem
deixar que isso limite a vida da pessoa.
Sabe-se cada vez
mais sobre os mecanismos da doença e diversos medicamentos têm sido
incorporados ao arsenal de tratamento — como os biológicos. Novas
drogas encontram-se em estudo, com perspectiva de, no futuro,
ajudarem no tratamento. Tudo isto torna o cenário da pessoa com
Lúpus cada vez mais otimista. Mas ainda existem vários desafios,
como o maior esclarecimento sobre a patologia no meio médico —
muitas vezes, a primeira abordagem não é feita pelo Reumatologista.
Também o acesso a centros de tratamento (ambulatórios ou centros
universitários), ainda necessita de melhorias, e muitos medicamentos
ainda estão limitados na oferta pela rede pública, como a
hidroxicloroquina e o mofetil micofenolato.
Vive
melhor, toma menos medicamentos e tem menos problemas com o Lúpus
quem melhor se trata e se cuida, sendo o Reumatologista o melhor
profissional para efetuar a orientação correta.
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