Fundada em 1953, a Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR) tem como objetivo representar os reumatologistas do Estado de São Paulo. Desde sua criação, a SPR tem atuado ativamente para cumprir seu papel de levar aos profissionais da saúde do Estado de São Paulo e de levar ao público em geral as mais recentes conquistas científicas no campo da Reumatologia. Veja aqui as novidades que estão acontecendo nessa área.
Por Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil* Fonte:Agência Brasil
A idade média em que os brasileiros detectam que estão sofrendo de
artrite reumatoide é 39 anos, no auge da vida produtiva, revela pesquisa
internacional divulgada hoje (8) no 32º Congresso Brasileiro de
Reumatologia. Embora esse resultado ajude a desmistificar a doença,
geralmente associada a pessoas idosas, a identificação precoce da
artrite reumatoide ainda é um desafio para a medicina, já que ela também
pode atingir jovens e crianças.
Realizada pelo Instituto
Nielsen para a Pfizer, a pesquisa mostra que a maioria dos brasileiros
que relatam ter a doença são mulheres (67% do total dos entrevistados),
das quais 37% têm entre 18 e 44 anos, ou seja, são jovens. A pesquisa
ouviu 3.649 pessoas, de setembro do ano passado a janeiro deste ano, em
13 países: Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha,
Itália, França, Canadá, Japão, Coreia do Sul, Austrália, Turquia e
Argentina. No Brasil, foram ouvidas 324 pessoas.
“Os números
trazem preocupação, porque sabemos que esta é a realidade. Eles são uma
constatação desses fatos. Sabemos que nem todo mundo tem acesso [ao
médico reumatologista]. É comum que pacientes cheguem ao reumatologista
cinco anos depois, e vemos que o desastre já está feito”, disse a médica
Rina Giorgi, diretora do Serviço de Reumatologia do Hospital do
Servidor Público Estadual de São Paulo e membro da Comissão de Artrite
Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Segundo Rina,
o grande problema relacionado à doença é, de fato, o acesso do paciente
ao médico. “O problema não é a medicação, que está disponível na rede
pública. O problema é ter acesso ao médico ou ao reumatologista. A
prevenção da doença é o diagnóstico precoce e o acesso rápido ao
médico”, afirmou.
Como o diagnóstico costuma sair no auge da vida
produtiva, é frequente que o paciente passe por perdas profissionais
importantes, como ter o horário de trabalho reduzido ou pedir
aposentadoria precocemente. Do total de brasileiros ouvidos, 35%
disseram que a doença abalou sua vida profissional, 14% aposentaram-se
precocemente e 17% contaram que tiveram que pedir demissão.
A
pesquisa revelou também que um a cada cinco brasileiros ouvidos na
pesquisa tem artrite reumatoide grave. Quase metade (46%) dos pacientes
que responderam à consulta disseram que evitam fazer perguntas ao médico
porque temem ser vistos como pacientes “difíceis”. Além disso, oito a
cada dez pacientes não se mostram confortáveis em expor seus receios e
preocupações aos médicos.
A maioria dos pesquisados brasileiros
(59%) revelou ainda que teve que parar de desempenhar alguma atividade
com o surgimento dos sintomas.
Segundo a médica Rina Giorgi, a
artrite reumatoide impacta principalmente “o doente que não se trata”,
já que hoje, com o tratamento feito assim que sai o diagnóstico, a
pessoa pode desenvolver diversas atividades e até trabalhar. “O paciente
que aderiu ao tratamento pode trabalhar”, disse Rina. Comorbidade
A
presença de comorbidade ( quando há o diagnóstico de uma segunda doença
no mesmo indivíduo) é comum no paciente com artrite reumatoide. Entre
os brasileiros, 26% disseram ter outra doença inflamatória, 22% tinham
distúrbios cardíacos e 22% eram diabéticos. A doença também levou 44%
dos pacientes a sofrer de ansiedade e 33%, de depressão.
Quanto
ao tratamento, 64% dos brasileiros entrevistados disseram usar algum
tipo de medicação, 60% praticam exercícios e 49% seguem dieta.
A
artrite reumatoide é uma doença crônica, inflamatória e sem cura, que
atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil. A doença compromete as
articulações e pode causar rigidez ou deformidade articular, tornando
difícil para o paciente desenvolver atividades simples, como segurar um
copo ou escovar os dentes. Doença costuma atingir primeiro as articulações das mãos e punhosArquivo/Agência Brasil Normalmente,
a artrite reumatoide atinge primeiro as articulações das mãos e dos
punhos, mas a evolução do quadro pode causar deformidades maiores,
alcançando articulações mais centrais como cotovelos, ombros,
tornozelos, quadris e joelhos e até comprometer a estrutura das
articulações como ossos, tendões, ligamentos e músculos.
De
acordo com Rina Giorgi, as pessoas que sentem dores na junta ou que
apresentam inchaço persistente na articulação por mais de quatro semanas
devem procurar um médico, de preferência um reumatologista. E devem
evitar tomar remédio por conta própria, acrescentou a médica.
*A repórter viajou a Curitiba a convite da Pfizer e do Congresso Brasileiro de Reumatologia Editor Nádia Franco
Os resultados de uma pesquisa global divulgada no European League
Against Rheumatism Annual Congress (EULAR 2015) revelam que os pacientes
com lúpus eritematoso sistêmico (LES) têm dificuldade de descrever os
sintomas para seus médicos, o que leva a uma lacuna entre o que os
médicos compreendem e o impacto real que a doença tem na vida dessas
pessoas.
A pesquisa online obteve um total de 907 participantes globais, em
países como os EUA, Canadá, França, Alemanha, Itália e Brasil. Foi
realizada pela GfK, organização de pesquisas de mercado, em nome da GSK
em 2014 e incluía 351 pacientes com LES, 251 cuidadores e 305 médicos. Os
resultados mostraram que os pacientes com LES têm dificuldade em
descrever os sintomas ao seu médico e em relatar o impacto do lúpus em
suas vidas:
• Quase metade dos pacientes (48%) e médicos (47%) concordam que os pacientes possuem dificuldade em descrever seus sintomas;
• 72% dos pacientes disseram que só discutem os sintomas que mais incomodam e 77% dos médicos concordaram;
• Mais da metade (52%) dos pacientes dizem que minimizam os sintomas ao seu médico;
•
Enquanto os pacientes dizem que eles apresentam uma grande variedade de
sintomas do lúpus diariamente como a fadiga, dores musculares e
acometimentos articulares, os médicos acreditam que eles apresentam
apenas os mesmos sintomas várias vezes por mês.
Gravidade é o fator-chave para relatar a maioria dos sintomas, muitos deles são graves e ainda subnotificados aos médicos:
•De
acordo com os pacientes, dores musculares e fadiga são alguns dos
sintomas mais relatados, embora sejam listados pelos médicos como sendo
integrantes dos 10 principais sintomas mais subnotificados;
•
Osteoporose, glaucoma e acometimentos do sistema nervoso central (SNC),
incluindo confusão, problemas de memória, ansiedade e depressão, são
subnotificados pelos pacientes, apesar de seu nível de gravidade.
A
pesquisa também mostrou que os pacientes subnotificam para os médicos o
impacto negativo do lúpus em sua capacidade de trabalhar quando
comparado com as experiências reais do paciente e dos cuidadores:
•
Mais da metade dos pacientes (58%) e cuidadores (55%) concordam que o
lúpus impacta negativamente o progresso da carreira dos pacientes. Por
outro lado, médicos estimam que um quarto (26%) dos pacientes relatam
algum impacto no progresso da sua carreira;
• 68% dos pacientes e
62% dos cuidadores concordam que o lúpus gera impacto financeiro, mas
os médicos dizem que apenas um terço dos seus pacientes (31%) relatam
esse impacto para eles;
•Seis em cada dez pacientes (60%) relatam
passar dias doentes devido ao lúpus. Em comparação, 43% dos médicos
acreditam que isso seja verdade.
Cuidadores perceberam que o
impacto do lúpus na auto-estima e em relações pessoais dos pacientes é
menor do que o relatado pelos próprios pacientes a seus médicos:
•
28% dos cuidadores relataram que o lúpus afetou a auto-estima e
confiança dos pacientes, em comparação com 35% dos pacientes e 38% dos
médicos;
• Apenas um em cada cinco cuidadores relataram que o
Lúpus afetou a vida sexual dos pacientes, em comparação com 26% dos
pacientes e 29% dos médicos.
Em geral, a pesquisa mostrou que os
pacientes se sentem apoiados por médicos e cuidadores. No entanto,
muitos concordaram que a família e os amigos pensam que eles são capazes
de fazer mais do que realmente podem:
• 61% dos pacientes concordaram que a sua família e amigos superestimaram o que podem fazer; • Quase três quartos dos médicos (72%) acreditam que seus pacientes têm dificuldade de comunicar suas necessidades para os outros.
Os
pacientes, seus médicos e cuidadores concordaram sobre a necessidade de
mais recursos para apoiar o manejo do lúpus e gerenciar o seu impacto
na vida cotidiana. Todos os grupos também concordaram sobre a
necessidade de melhorar a comunicação entre os pacientes e seus médicos.
Sobre a Pesquisa Global LES
A
pesquisa foi realizada pela GfK em 2014 e contou com um total de 907
participantes globais em países como os EUA, Canadá, França, Alemanha,
Itália e Brasil, através de entrevistas de 25 minutos. Globalmente a
análise envolveu 351 pessoas que relataram ter recebido um diagnóstico
de lúpus, 251 cuidadores que acompanham pacientes com LES e 305 médicos
diretamente envolvidos no diagnóstico e tratamento. Devido ao tamanho
da amostra, os resultados podem não ser representativos de todos os
pacientes com LES, nem de todos os médicos que tratam pacientes com LES.
A pesquisa foi financiada e desenvolvida pela GSK.
Sobre Lúpus Estima-se
que 5 milhões de pessoas ao redor do mundo têm lúpus 1. LES é a forma
mais comum de lúpus, afetando cerca de 70% dos pacientes1. Dores
musculares, acometimentos articulares, fadiga e acometimentos do SNC
foram os principais sintomas apresentados pelos pacientes pesquisados;
no entanto, o lúpus pode afetar quase todas as partes do corpo e pode
causar fadiga extrema, dor nas articulações e inchaço, febre e rash
cutâneo 2,3,4. Além disso, pode causar insuficiência renal, inflamação
das membranas que recobrem o coração e pulmão, acometimentos do SNC,
inflamação dos vasos
sanguíneos, desordens hematológicas e podem conduzir à morte4,5,6. Os
sintomas podem ser desencadeados de forma imprevisível e muitas vezes
são invisíveis para os outros. Veja também o site da Associação Brasileira Superando o Lúpus Fonte: Jornal do Brasil - 13/07/2015
Lote suspenso apresentou amostras danificadas em suas embalagens.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa - publicou no Diário Oficial da União (DOU) na última segunda-feira (29) a suspensão do lote 1224475 medicamento Standor ®, ácido mefenâmico, 500 mg, comprimido.
O medicamento é indicado para alívio sintomático de artrite reumatóide, osteoartrite e dor incluindo dor muscular, traumática e dentária, cefaléias de várias etiologias, dor pós-operatória e pós-parto, entre outros.
A União Química Farmacêutica, empresa responsável pela fabricação, deverá realizar o recolhimento do produto no mercado.
Fonte: Com informações Anvisa - bonitonoticias - Carla Layane
08/06/2015
Vídeos do programa Bem Estar, da Globo, com explicações e dicas interessantes. Clique aqui para assistir